Magé deu pontapé inicial na campanha estadual do “Janeiro Roxo”, no Quilombo Quilombá. Durante todo o dia, especialistas alertaram a população sobre cuidados, prevenção e tratamento da hanseníase, doença infecciosa transmitida pela bactéria mycobacterium leprae. A ação realizada pelas Secretarias Estadual e a Municipal de Saúde teve teatro educativo, aula magna de como cuidar das pessoas infectadas, atendimento e exames.
“Chegou a hora de dismistificar a doença e procurar ajuda. Se tiver algum sintoma, procure a USF mais próxima para ter o acolhimento e tratamento”, conta a secretária de Saúde, Larissa Storte.
“O tratamento é feito diretamente do Programa Municipal de Hanseniane que funciona no Centro de Especialidades. O paciente pode buscar o primeiro atendimento na USF mais próxima e no programa é feito o diagnóstico e começamos o tratamento 100% gratuito”, complementa a coordenadora de Vigilância em Saúde e médica infectologista, Ísis Cameron.
A hanseníase aparece de maneira endêmica em diversas regiões do mundo, inclusive no Brasil. A doença é contagiosa através contato direto pessoa a pessoa e é facilitada pelo convívio de doentes não tratados com outros indivíduos.
“O Governo Federal e as periferias têm uma relação de afastamento no seu histórico. As periferias tem maior dificuldade em alcançar as politicas publicas que são direcionadas a grande parte da população brasileira. Estamos reconstruindo essa relação. O SUS tem um papel fundamental nessa reconstrução. A hanseniase é um grande exemplo para que esse trabalho possa se dar e ter resultado imediato. Quando voltamos com o Mais Médicos, quando retomamos com o programa Brasil Sorridente e a Farmácia Popular, nós também estamos chegando de maneira mais adequada para essas pessoas”, disse o Assessor especial do Ministério da Saúde, Valcler Rangel.
O evento foi voltado aos povos tradicionais e contou com a participação da Associação das Comunidades Quilombolas (ACQUILERJ), Secretaria de Saúde do Estado do RJ, Governo Federal e o Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (MORHAN), na comunidade quilombola de Bongaba.
