Já imaginou uma trilha de longo percurso conectando os pontos da Serra do Mar, no Rio Grande do Sul, ao Rio de Janeiro? Esta é a proposta do Caminho da Mata Atlântica. O projeto quer aprimorar o sistema de trilhas e as opções de lazer ao ar livre, aproximando as pessoas da Mata Atlântica e mostrando a importância da proteção dessas áreas para a economia, o lazer e a saúde. Em Magé estão mais de 63 Km desta trilha já demarcadas na rota que passa pela Igreja Nossa Senhora da Guia, Pier de Mauá, Capela Nossa Senhora dos Remédios, Igreja Matriz de São Nicolau, a cachoeira Véu das Noivas, o morro dos Dois Irmãos e o Caminho do Ouro.
Magé sediou nesta semana um dia inteiro de atividades na Cooperativa Pau Grande, num evento do Instituto Internacional para Sustentabilidade e Caminho da Mata Atlântica em parceria com a Prefeitura de Magé, Sinal do Vale, Nós da Guanabara, El Nagual, Baixada Verde, Estação Ecológica Guanabara, APA Guapi-Mirim, Diáspora Black, Caminho do Recôncavo da Guanabara e Viva Água.
“Temos somente de 7% a 8% de Mata Atlântica preservada [em todo o Brasil] e a principal remanescente fica na Serra do Mar, que passa por Magé, Tinguá, Serra dos Órgãos etc. O projeto Caminho da Mata Atlântica planejou a trilha, que é um quebra-cabeça de 4 mil quilômetros, para que, através do turismo, a gente consiga fazer com que as pessoas entendam a importância da Mata e a importância de preservá-la”, disse o Coordenador Nacional da Comissão de Governança do Caminho da Mata Atlântica, Chico Schnoor.
*Magé em destaque*
Magé é um dos pilares da História do Brasil: igrejas dos séc XVII, três quilombos reconhecidos e certificados, rota do Caminho do Ouro e da Estrada Real, várias cachoeiras e 63% de área verde. De acordo com o secretário de Cultura, Turismo e Eventos, Bruno Lourenço, o turismo pode ser uma das saídas para fortalecimento do mercado interno e preservação da área verde.
“O percurso em Magé já está todo sinalizado. E, além de trabalhar nas trilhas, trabalhamos com a interlocução dos atores municipais na perspectiva da sustentabilidade. Esse projeto visa, através do turismo, fortalecer o desenvolvimento dos lugares em que a trilha passa”, finalizou o secretário de Cultura, Turismo e Eventos, Bruno Lourenço.
