O Parque Natural Municipal Barão de Mauá recebeu a visita da Fundação Grupo Boticário num encontro que reuniu seis jornalistas sendo do impressos e sites, e a secretaria municipal de Meio Ambiente.
Vinte e quatro anos após o derramamento de óleo na área do manguezal e com a recuperação do ecossistema que se tornou o Parque Natural Municipal Barão de Mauá, o local conquistou o posto de atrativo turístico com sua beleza exuberante, num espaço correspondente a 113 campos de futebol, hoje ocupada por uma floresta de mangue e espécies nativas, novo abrigo para fauna e flora que retornaram à região.
Segundo o Plano de Manejo da Unidade de Conservação, no local foram identificadas 107 espécies de aves, entre residentes e migratórias, distribuídas em 18 ordens e 41 famílias foram catalogadas.
Na visitação é possível desfrutar de uma passarela suspensa com cerca de 1 km de extensão, um deck na praia, um observatório com mais de 11 metros de altura, além do alojamento voltado para pesquisadores, lanchonete e espaço de exposições.
“Foram quatro anos tirando lixo. Muitos estiveram aqui e saíram, outros desistiram. Foi muita tentativa e erro até fazer o solo desértico aceitar as mudas e ter a floresta que temos hoje. Quando era ministro, Gilberto Gil, veio até a região e plantou algumas mudas. Acompanhado de Alfredo Sirkis, eles visitaram a área. O Instituto OndAzul ficou de janeiro de 2001 a julho de 2019 auxiliando no processo de recuperação”, descreveu Adeimantus Carlos, pescador na época do acidente e hoje gestor do parque que ele mesmo trabalhou para recuperar.
Fundação Grupo Boticário no Parque
Dentre inúmeros projetos executados pela Fundação Grupo Boticário, está o Movimento Viva Água, que atua na região da Baía de Guanabara, onde reúne diversos atores, principalmente em prol da segurança hídrica e o turismo de base comunitária. Além do projeto ‘Oceano sem mistérios: Construindo Cidades Azuis’.
“O Grupo Boticário já tem quatro documentos do ‘Oceano sem mistérios’ com o objetivo de traduzir as informações técnicas e científicas de maneira mais leve para a sociedade. Dessa vez, trouxemos os jornalistas para que possam conhecer de perto os manguezais, a fim de perceberem a importância e divulgarem a mensagem”, explicou a Liziane Alberti, especialista em conservação da Biodiversidade da Fundação.
Fotos: Gilson da Costa Junior
